As bravuras de um homem manso

Por Jairo Lima

As palavras pensadas, ordenadas e emitidas com a delicadeza de uma nota musical. As ideias e os ideais expostos sempre de maneira clara, educada e firme. A postura de um “velho sábio” paciente diante da pressa imediata das resoluções fácies e muitas vezes desprovidas de sustentação. Generoso e com sorriso acolhedor que quem sabe o caminho e não perde a oportunidade para elevar a alma. É desta forma que observo com orgulho e admiração o “primo” Marcos Afonso. Amigo querido sempre.

Jamais abdicou dos seus valores. Jamais subverteu ou fraquejou sobre os seus princípios. A sua firmeza de caráter vinha da solidez da sua formação, vinha das suas vivências e do seu exemplo de viver. Ser humano bom e do bem.

Com ele percebi que a estatura moral de um homem não está no tamanho da sua conta bancária, na dimensão do seu status social, tampouco do tom da sua voz. O primo não é o tipo de homem que desliza em destemperos vazios. Ao contrário: sempre calmo, discreto e atento aos contextos de realidade.

Agora, a vida lhe arrasta para outro universo. Que encontre luz e muitos livros. A sua história e as suas memórias permanecerão por aqui com todos aqueles que tiveram a honra de conhecê-lo ou de pelo menos tangenciar a sua trajetória em algum momento.

Como de costume: “Hasta la victoria, siempre”.