Por Edir Figueira Marques
Noite longa
Noite longa de pensares e pesares!
De sentir se esvair o tempo inexorável.
Noite de insônia, de lembrar o memorável.
Como se pudesse tudo, de novo, viver
e o mundo, em um minuto, não perder.
Refletir, rever o que ficou pra trás:
O que fiz e o que não fiz,
em que me omiti e o que gostei,
O que podia mudar e não mudei!
Analisar o que quis e o que não quis…
Pra ser feliz!
E, entrecortada de “se”s e de “mas”s,
comparo a vida como foi e como seria…
Renascendo, refazendo, reconstruindo,
seria tristeza, seria alegria?
despertando, edificando, esculpindo,
formulando, pintando com magia!
Amor no ocaso
Belo como o crepúsculo.
Calor morno, gostoso como o sol poente.
Como a brisa que envolve e afaga,
acariciando, macio, corpos carentes.
Vem por acaso,
se estende, e eis que, de repente,
numa suave aragem,
a brasa do amor acende.
Crepita, levanta labaredas,
ilumina a alma,
aquece o coração,
revitaliza a vida,
desperta a paixão.
Amor do presente.
Amor como o ocaso
tingido de belas e fugazes cores.
Alento do nosso momento,
na certeza, porém, de que este amor
não se apagará no firmamento.
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