Por Iris Tavares
Quando mergulho em quem Eu Sou? Me conecto com alguma experiência recente e em estado meditativo volto a infância e procuro fazer uma relação com algo que aconteceu e marcou lá atrás na minha infância!
Veio muito forte a memória da minha tia Zenaide Tavares como “caixa” nas Casas Pernambucanas eu tinha um orgulho daquele seu posto, no caixa, no alto como se tivesse num palco, protegida e para mim era muita autoridade aquele seu lugar!
Amava ir até lá para observar e me envolver com todos aqueles rolos de tecidos! E como minha avó costureira eu já imaginava os vestidos dançando nos bailes!!
Minha avó e suas mãos mágicas transformavam aqueles “cortes de fazenda”, assim chamavam os metros de tecidos que logo mais desfilariam nas passarelas da vida dos jovens de todas as classes sociais “com o seu vestido novo”.
Meu olho brilhava com o colorido das prateleiras! Acredito que esses momentos ficaram gravados no inconsciente e com certeza contribuíram para o despertar pelos negócios da moda !!!
Hoje! Diante de obstáculos que a moda enfrenta, acredito que estamos meio de volta ao passado mesmo com tanta democratização ainda meu olho brilha quando estou escolhendo uma coleção, imaginando onde essas peças vão rodopiar! Como elas vão se comunicar através de quem as usa!! Que autoridade ela pode comunicar, segurança, conforto, praticidade e assim através da roupa as pessoas se conectam e se expressam e daí vem a comunicação não verbal hoje essencial como ferramenta de relacionamento entre as pessoas!!!
O mercado da moda tem mais de cem profissões! Emprega e conecta comunidades e o empreendedorismo criativo, sustentável etc. a nova geração vem para resgatar esse orgulho e arte da feito à mão, os Atelieur são uma tendência para em contramão do fast fashion lutar contra a extinção dessa profissão, dessa arte e o jeito único com a sua valorização da cadeia dos profissionais do corte-e-costura!
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