ACRE EM NOTAS | Peru

Peru

A esquerda ganhou a eleição presidencial do Peru, com Pedro Castillo, um professor do ensino fundamental do departamento de Cajamarca, onde obteve 80% dos votos, sem ligações com a oligarquia política que levou o Peru a ter quatro presidentes em um ano, todos acusados de corrupção.

Keiko

Ele venceu a candidata da extrema direita, a deputada Keiko Fujimori, filha e herdeira política do pai, ex-presidente hoje ainda em prisão por falcatruas e genocídio. Castllo venceu nas regiões mais pobres, no altiplano e na Amazônia, incluindo Madre de Dios, mas perdeu em Pucallpa.

Susto

Um retrocesso, ver a filha do ditador com tantos votos! Mas felizmente não ganhou. Embora não pareça conformada, atitude típica de quem não sabe perder.  Para muitos de nós acreanos, será um prazer voltar ao Peru de Castilho. Oxalá o Brasil em 2022 entre na onda do Chile e Peru.

Instabilidade

De todo modo, o Peru deve passar por momentos de instabilidade que devem prejudicar as propostas de integração regional, especialmente a abertura da estrada até Pucallpa, cortando reservas naturais do lado do Brasil e territórios indígenas do lado peruano. Um dos objetivos de Castllo é uma reforma constitucional e o aumento dos impostos das multinacionais que exploram o setor mineral, especialmente o cobre, para financiar projetos sociais e ampliar a merenda escolar. 

Eixo

A notícia é um mau sinal para o atual presidente do Brasil que vê seu governo de direita ficar mais isolado no Continente, depois das conversões à esquerda da Argentina, Chile, Bolívia e agora Peru. E das manifestações por direitos humanos e democracia contra o regime de extrema direita na Colômbia. Restam ainda os governos do Equador e do Uruguai, este último de direita sem ser extremista.

Inauguração

O governador iria hoje lançar obras no Alto Acre, especialmente o Anel Viário, a nova ponte entre Brasileia e Epitaciolândia e ações em ramais. A pedido da classe política, que adora boas notícias, deve deixar mais para o fim da semana. Na programação deste ano, o governo ainda espera anunciar a licitação para a esperada ponte de Xapuri, ligando a cidade ao bairro da Sibéria. E o Deracre jura que vai sair a ponte de Sena Madureira, que o prefeito Mazinho aposta que é balela.

Vacinação

Desta vez, a crítica vem de quem deveria ser aliado. O vereador Emerson Jarude criticou fortemente no Twitter posição da prefeitura que desde o dia 1º de junho não dá nenhuma informação, não atualiza suas redes sociais a respeito da vacinação. O vereador diz que nesta pandemia, é inaceitável esse comportamento, essa omissão.

Sem atualização

Não é só a divulgação. Rio Branco não atualiza os dados dos vacinados e da aplicação de vacinas, de estoque, há quase duas semanas. Isso é mais grave ainda, um atentado à necessária transparência da gestão pública e da ação na pandemia, especialmente quando está em curso a CPI da COVID. Cadê a secretaria Municipal de saúde e o secretário que não pode ver uma câmera ligada.

Leve

A crítica foi feita, mas a impressão é que Jarude pegou muito leve, se comparado às pressões que fazia contra a então prefeita Socorro Neri. Com ela, era bomba, tiro e bala, com a atual administração, uma “crítica construtiva”. Muito sintomático.

Cadê

Por falar nisso, a ida da prefeita à sessão virtual da Câmara Municipal parece que desarticulou de vez a ideia de uma CPI do Led. Especialmente porque a prefeitura não consegue explicar por que parou com o programa, se havia R$ 11 milhões em caixa para o prosseguimento do serviço. Não é a administração anterior que precisa ser investigada.

Imprensa

A imprensa do sul do país fala em um possível acordo entre o PT e o PSD acreano em torno da candidatura de Petecão para o governo e Jorge Viana para o Senado. Foi o que disse o jornal Folha de S. Paulo. Falta combinar com os russos e com Jenilson de um lado e Minoru Kinpara de outro.

Turismo

Em todo o Brasil a função do governo no tratamento da indústria do turismo é apoiar, incentivar a iniciativa privada. O turismo gera emprego, renda, desenvolvimento sustentável, ambientalmente correto e promoção para o estado. Não dá para entender que o mesmo governo que exalta empresas privadas de agronegócio e da indústria, se negue a incluir empresas ligadas ao turismo de aventura na divulgação, afirmando que seria de interesse privado. Isso é pensar pequeno.