Por Marcelo Moreira
Com a chegada de Tony Kanaan, a Stock Car Brasil, ganhou o apelido de categoria INSS. Aposentadoria de elite, não tenho nada contra, pelo contrário, assim como no futebol, é bacana ver o atleta se tornar um ídolo, e retornar ao seu país de origem para que o povo possa acompanhar de perto seu desempenho.
O que me preocupa nisso tudo é termos um automobilismo de uma só categoria.
A Stock Car leva os principais patrocinadores e quase toda a atenção da midia. Não sei ainda se existe uma relação direta entre a Stock Car e a falta de pilotos de monoposto.
A Fórmula 1, atualmente, carece de um representante brazuca. É claro que a principal categoria do nosso automobilismo não tem culpa de nada, realiza excelente trabalho.
Imaginem administrar tantas estrelas numa competição só. Receio que esta falta de pilotos de fórmulas brasileiros, deva ser uma preocupação da CBA. Talvez seja a hora de incentivar ou até subsidiar uma categoria nacional de monopostos para pilotos vindos do kart. Assim preparamos os talentos para ingressar na F3, por exemplo.
Sei que uma ação deste porte, tem muitos obstáculos e o momento não poderia ser pior, mas não custa pensar em soluções para ocupar esta lacuna.
O engenheiro Roberto Zullino, é um bom exemplo disso tudo, ele recriou a Fórmula Vee, uma categoria barata onde se usa pneus radiais e não se usa asa.
Há quem defenda que o piloto se destacou nacionalmente no kart, vá imediatamente para Europa ou EUA. Ok, se todo talento tivesse a grana necessária para esta empreitada. O sonho está custando caro, muito caro.
O resultado é que um monte de ótimos pilotos ficam pelo caminho. A melhor idéia é mesmo a criação de uma Academia nos moldes de Ferrari, Mercedes e Red Bull, obviamente guardando as devidas proporções. Coloca os fórmulas do Zullino na equação e temos um projeto.
A Fórmula E, iniciou a temporada na Arábia Saudita, com melhor resultado de um brasileiro, Sergio Sette Câmara, em quarto na corrida 2. A categoria do futuro, hoje parece mais corrida de parquinho.
O que empolga são os embates alucinados, mas ainda falta um pouco mais de velocidade. Minha mulher a Zel, é totalmente ignorante no esporte a motor, mas, de vez em quando vem cada comentário:
- Meu amor, aquele barulho de motor é chato, mas esse zumbido aí é muito pior. É irritante, sentenciou a Zel.
Pode até ser. O que importa é a competição e não o barulho, foco nas disputas.
No motovelocidade nacional, a situação esse ano parece que vai engrenar de vez, quando e se a pandemia permitir. Com o brasileiro fortalecido e os regionais cada vez melhores, Goiânia, Paraná e Minas Gerais que o digam, seus certames sobreviveram em pistas seguras e confirmados para 2021.
O projeto da Yamaha e do Alan Douglas de levar os destaques nacionais para a Europa está mantido e vai render frutos logo, logo. Viva o Yamalube R3 bLU cRU Cup e sua "serpente azul".
O resto é expectativa para o fim da pandemia e o incio das temporadas de MotoGP e F1. Ambas começam o ano cheias de perguntas, pricipalmente na MotoGP. Não vejo a hora.
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