Rio Branco enfrenta a pior enchente do século. São milhares de pessoas afetadas, quase mil famílias desalojadas, os igarapés transbordando, a infraestrutura urbana em caos, mais de dois mil casos de dengue, quatro mortes por dengue hemorrágica na capital, a vacinação contra a COVID parada, enquanto a pandemia explode.
Com todo esse quadro trágico, a grande pergunta é: onde anda o prefeito da capital? Onde está Bocalom?
A notícia vinda de sua própria assessoria é de que ele vai a Brasília debater uma futura sondagem para utilização do aquífero do segundo distrito, junto ao terceiro escalão do governo federal, em mais uma semana de viagem.
É a segunda viagem a Brasília em duas semanas.
Isso é de uma insensibilidade assustadora. Mostra que o prefeito não tem nenhuma empatia pelo povo que o elegeu, pela cidade que administra.
A primeira missão de um governante, se não pode enfrentar os problemas que poderia ter evitado, se agisse preventivamente é, pelo menos, mostrar solidariedade e liderança para mobilizar a sociedade, para manter o ânimo, para coordenar a ajuda.
O Brasil inteiro se mobiliza para ajudar o Acre. O próprio presidente da República virá ao estado e não vai encontrar o prefeito da capital, que está flanando em Brasília com uma agenda que não é urgente.
O quesito viagens parece que será uma partícula frequente no feixe das distorções dessa gestão.
Bocalom simplesmente não consegue enxergar os problemas da cidade que deve administrar. Sonha com verbas prometidas e não concretizadas, em vez de usar a estrutura da prefeitura para apoiar a população.
Omitiu-se quando o Igarapé São Francisco invadiu casas e ruas e só apareceu para criticar quem joga lixo no rio.
Ou para dizer que agora sim, os desabrigados da enchente estavam sendo “tratados com respeito” porque tem lonas coloridas e uma divisão de lona que ele chama de conforto.
Omitiu-se da vergonha que está sendo a vacinação da COVID, plena de denúncias de fura-filas, que seu secretário de Saúde que nada conhece do setor, disse que não é problema da prefeitura.
Deixou de pagar os trabalhadores da limpeza urbana, para forçar a mudança da empresa responsável.
Anunciou soluções mágicas para os ônibus, sem evitar a paralisação e acenando para o fim da passagem estudantil.
A verdade é que Rio Branco, além da enchente, da COVID, da dengue, da ameaça de fechamento das estradas, ainda tem problemas bem maiores: a insensatez, a falta de noção, o abandono das funções de seu omisso e ausente prefeito.
Mín. ° Máx. °
Mín. ° Máx. °
Mín. ° Máx. °