O prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (Progressistas), fez duras críticas à postura do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), que também preside o Consórcio Intermunicipal de Saneamento e a Associação dos Municípios do Acre (Amac). Segundo Damasceno, Bocalom estaria travando o avanço de um dos projetos mais estratégicos para a infraestrutura básica do estado: o plano de saneamento integrado que atenderá todos os 22 municípios do Acre.
O consórcio, que já está formalmente constituído há dois anos e conta com apoio técnico do Governo Federal, aguarda apenas a assinatura do presidente para viabilizar a etapa dos estudos de modelagem, documento fundamental para definir a quantidade e localização de aterros sanitários, estações de transbordo, unidades de compostagem e outras estruturas.“Estamos prontos para avançar. O financiamento está garantido pelo Governo Federal, com apoio do ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional. O Acre só precisa fazer sua parte. Mas a paralisação está concentrada numa decisão exclusiva do presidente do consórcio, que é o próprio Bocalom”, afirmou Damasceno.
Em declarações públicas e postagens nas redes sociais, o prefeito de Tarauacá lamentou que uma pauta técnica e de interesse coletivo esteja sendo prejudicada por disputas políticas ou pessoais.
“Essa briga não tem a ver com o senador Alan Rick, como Bocalom tenta insinuar. Tem a ver com responsabilidade e compromisso com a população. Saneamento básico é saúde pública”, enfatizou.
Damasceno também rebateu alegações de que o consórcio poderia trazer prejuízos aos municípios. “Como ele pode falar em prejuízo se nem consegue resolver a questão da água em Rio Branco? O esgotamento sanitário está parado. Só temos um aterro sanitário no estado inteiro, ainda da época do Angelim. E mesmo assim, ele puxa a responsabilidade pra si e não entrega resultados”, disparou.
Por fim, o prefeito reforçou o apelo pela assinatura imediata do contrato que autoriza os estudos de viabilidade do projeto. “Chegou a hora de parar com a vaidade e agir com humildade. O Acre inteiro precisa avançar. Já deu certo no Amapá. Pode e vai dar certo aqui também”, finalizou.
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