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Até quando?

O medo faz reféns moradores dos bairros de Rio Branco

28/03/2025 às 19h10 Atualizada em 28/03/2025 às 19h30
Por: Redação Fonte: Redação
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Até quando?

Por Socorro Camelo e colaboradores*

Cotidiano do horror

Na mesma semana em que uma mulher foi morta e esquartejada a golpes de machado e ripas na Cidade do Povo, o conjunto habitacional voltou a ser palco de mais uma chacina — como se o absurdo já fosse rotina.

Macabro

Cinco homens invadiram uma casa, executaram três rivais e, como se fosse uma partida de futebol ( pasmem!) , saíram gritando os slogans do Bonde dos 13. As vítimas, segundo os relatos, eram do PCC. A mulher de um deles escapou e contou à polícia o enredo macabro. A pergunta que não cala: até quando cenas como essa serão tratadas com a mesma banalidade de um boletim meteorológico?

Polícia

O que faz a polícia, afinal? Depois de um crime como o do fim de semana, seria o mínimo esperar uma força-tarefa permanente, um cerco, uma operação para desarticular a quadrilha que transformou aquele conjunto habitacional em território de guerra. Nada. Nenhuma resposta concreta, nenhuma presença ostensiva.

Cidade do medo

A Cidade do Povo já foi projeto de habitação popular; hoje é território do crime. As facções expulsam famílias, tomam casas, vendem droga à luz do dia, estabelecem toque de recolher, tudo sob o olhar impotente do Estado. Não há estratégia de inteligência, muito menos ofensiva real. Os trabalhadores que ali vivem continuam sob o jugo do medo e do abandono.

Moradias e reféns

Até o fim do ano, mais de 800 novas moradias serão entregues na Cidade do Povo pelo Minha Casa, Minha Vida. Preocupante porque sem presença firme, sem retomada territorial, só estará aumentando o número de reféns do crime.

Alerta do MPF

O Ministério Público Federal foi direto: se quiserem tirar do papel a estrada ligando Porto Walter a Rodrigues Alves, não adianta discurso inflamado, palanque ou live no Instagram. Será preciso ouvir os povos indígenas , consulta livre, prévia e formal, com a supervisão da Funai e compensações reais e apresentar um Estudo de Impacto Ambiental legítimo, com anuência dos órgãos federais. Ou cumpre a lei, ou nem adianta ligar os motores. Simples assim.

Exportação

Fevereiro bateu recorde histórico: 219 mil toneladas exportadas, movimentando US$ 1 bilhão. Mérito da APEX Brasil, comandada pelo acreano Jorge Viana, que não apenas acompanha Lula em missão oficial ao Japão e Vietnã, mas articula pessoalmente a abertura de novos mercados. E com Trump já ameaçando sobretaxar a carne brasileira nos EUA, o apetite asiático será essencial.

Pesquisa

A pesquisa Delta apenas confirmou o que já era dado como certo nas rodas políticas: o senador Alan Rick segue liderando a corrida ao governo. Na sequência, aparecem Bocalom e Marcus Alexandre. Mailza segue taxiando, sem previsão de decolagem. Mas eleição é novela: o roteiro pode sempre reservar surpresas. Aguardar pra ver.

Senado   

Para o Senado, uma constatação que já beira a obviedade: salvo algum terremoto político, uma das vagas tem dono e endereço certo — chama-se Gladson Cameli, que, segundo as pesquisas, caminha para o Senado com o dobro das intenções de voto dos demais pretendentes. Jorge Viana, Márcio Bittar, Mara Rocha e Jéssica Sales disputam a segunda vaga palmo a palmo. E chama atenção outro dado: a aprovação de Gladson chega a 72%, índice que faria inveja a governantes de qualquer lugar. Enquanto isso, Bocalom segue fiel ao seu lugar nas pesquisas: patinando.

 

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