Durante o luto e a dor fui invadida por um imenso sentimento de amor.
Nesse movimento, de olhos vertendo compaixão, passei a ver a vida com outro olhar: a morte que não existe - aliás disso eu sempre soube - o silêncio que fala, o jardim florindo amizades, encontros e reencontros que acariciam a alma, a alegria de respirar, sorriso, abraço e suspiros sem fim. Ao meu redor, tudo nascendo de novo.
Atravessei os labirintos da morte transformando dores em poesia, em música, em amor, muito amor.
Ainda lido com a linha tênue entre a vida e a morte; a lucidez e a loucura.
O luto da minha alma é colorido, é arco-íris, girassol.
Meu fardo é suave… o Universo me sustenta e me conduz. Distribuo flores, danço ciranda.
Lua cheia a desafiar borboletas.
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