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TCE-AC participa de plantio de Baobá em ação que fortalece a resistência na luta contra a desigualdade racial

O projeto consiste no plantio de mudas de Baobá, uma árvore de grande significado simbólico para a ancestralidade africana, representando memória, resistência e luta do povo negro no Brasil

14/03/2025 às 15h27
Por: Denis Henrique Fonte: Acreaovivo.com | Assessoria
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TCE-AC participa de plantio de Baobá em ação que fortalece a resistência na luta contra a desigualdade racial

A presidente do Tribunal de Contas do Estado do Acre (TCE-AC), conselheira Dulce Benício, participou na manhã desta sexta-feira, 14 de março, de ação do projeto Baobá: Fortalecendo Raízes de Resistência na Universidade Federal do Acre (Ufac), com o plantio de uma muda da espécie que também é conhecida como árvore da vida.

A iniciativa, promovida pelo Movimento Negro Unificado (MNU) em todos os estados do país, chega ao Acre com o apoio da Ufac. O projeto consiste no plantio de mudas de Baobá, uma árvore de grande significado simbólico para a ancestralidade africana, representando memória, resistência e luta do povo negro no Brasil. No Acre, o MNU é coordenado pela jornalista Valéria Santana, pela secretária Júlia Matias e tem a ativista social Julia Feitoza como coordenadora financeira.

Participaram do evento a reitora e o vice-reitor da Ufac, Guida Aquino e Josimar Batista, as representantes do MNU-AC, Valeria Santana, Júlia Feitoza, Júlia Matias e pesquisadores da Universidade.

Na ocasião, a presidente do TCE destacou a necessidade de resistência para combater a desigualdade e o preconceito na sociedade. E informou que em breve a árvore também será plantada na sede da Corte de Contas.

“Não podemos mais tolerar tanta desigualdade e preconceito, seja enquanto instituições, seja como indivíduos da sociedade civil. Precisamos resistir para transformar esse cenário social desigual e altamente preconceituoso”, disse a presidente.

Já a reitora da Ufac, Guida Aquino, ressaltou a importância da luta pela igualdade social e a felicidade de trazer essa história para a Universidade.

“Lutar pela igualdade racial é essencial. Temos nossos núcleos e é uma felicidade trazer essa história para a Universidade. Recebemos isso com muita alegria e acreditamos que o mundo pode ser menos desigual”, afirmou.

A coordenadora de Formação do MNU-AC, Jaycelene Brasil, salientou a importância da valorização da cultura africana e afro-brasileira, mencionando as políticas de cotas como uma conquista fruto de muitas lutas passadas, o que a emocionou profundamente.

“É um reconhecimento da cultura africana sendo demarcada dentro da Universidade que já tem as politicas de cotas conquistada com uma caminhada de luta dentro dos espaços federais e isso é fruto de toda movimentação de quem veio antes de nós, militantes da pauta racial.”

Conforme salientou a reitora da Ufac, o plantio foi feito em área estratégica, no entorno do Centro de Arqueologia e Antropologia Indígena, para que a árvore seja vista por quem passar pela BR-364.

O Baobá

O Baobá (Adansonia digitata L), conhecido como Árvore da Vida, pode viver até 6 mil anos, armazenar mais de 120L de água e alcançar 40m de altura. Para diversas etnias africanas, ele simboliza força, ancestralidade e resistência, conectando o mundo espiritual e material.

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