Por Socorro Camelo e colaboradores*
O mototurismo está em alta no Brasil, acompanhando o crescimento expressivo do mercado de motocicletas, que avançou 6% no último mês de janeiro. O tema foi destaque em uma reportagem especial da Rede Record, nesta quinta-feira (13), que abordou o fenômeno e deu amplo espaço para o advogado e empresário acreano Cassiano Marques, referência no segmento.
Expedições
Agora radicado em Brasília, Cassiano ampliou as iniciativas que já desenvolvia no Acre, ampliando ainda mais as expedições de aventura sobre duas rodas pelo Norte e agora Centro Oeste e nos países da América do Sul. Com visão estratégica, ele aposta na fusão entre turismo e motociclismo, atraindo um público cada vez mais diversificado.
Segurança
Longe de ser apenas um passeio radical, as expedições são cuidadosamente planejadas, garantindo segurança, infraestrutura e suporte técnico ao longo do percurso. As viagens contam com motos novas e adaptadas para os desafios de cada trajeto, além de suporte logístico, alimentação e opções de pernoite.
Experiência única
O resultado? Uma experiência única para viajantes que vão dos motociclistas experientes aos aposentados que decidiram trocar a rotina por novas estradas e aventuras. O trabalho de Cassiano Marques reforça o potencial do mototurismo no Brasil, um setor que não apenas cresce, mas movimenta a economia e ressignifica o conceito de liberdade sobre duas rodas.
Assista a matéria:
Diversificação
Parece que os responsáveis pelas ações das facções e do crime organizado, de forma geral, estão seguindo as lições de coachs famosos e diversificando seus investimentos e seu “portfólio” de crimes. Com o aumento da repressão e penas mais duras para o tráfico nacional e internacional, o dinheiro das drogas está servindo para financiar outros ramos de crimes menos visados. E isso já acontece no Acre.
Farmácias
Operação realizada ontem, pela Polícia Federal, no Acre e em mais cinco estados e Distrito Federal desarticulou um esquema criminosos que usava fachadas de farmácias e supostos rendimentos de vendas fraudadas de medicamentos do programa Farmácia Popular, para lavagem de dinheiro do crime e para financiar o tráfico internacional de drogas.
Simulado
O esquema simulava aquisição e vendas de medicamentos pela Farmácia Popular, com rendimentos superfaturados. Essa ação lavava dinheiro do crime e permitia que fosse usado em importações de insumos, que escondia a aquisição de drogas. Era especialmente cocaína, mas já derivando para químicos ainda mais pesados, como o fentanil.
Combustíveis
Nessa diversificação, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que o crime organizado, no Brasil, já lucra mais com a venda de combustíveis e outros produtos, como ouro, cigarro e bebidas, do que com o tráfico de cocaína. Segundo o estudo, a receita anual do comércio paralelo destes mercados para as facções é de aproximadamente R$ 147 bilhões, enquanto a venda da droga gera cerca de R$ 15 bilhões aos criminosos.
No Acre
Um exemplo de como esse esquema atua até no Acre pode ser avaliado com a operação em Rodrigues Alves, que desbaratou um esquema de venda fictícia de combustíveis com fartos lucros para os criminosos envolvidos. Há suspeita de envolvimento de facção no processo.
Sujeito oculto
Há quem especule que haveria um sujeito oculto no rompimento entre o senador Alan Rick e o governador Gladson Cameli, que teria sido catalisado, apressado, pelo também senador Márcio Bittar. Seria o prefeito Tião Bocalom.
Lógica?
A lógica da avaliação, que corre nos meios políticos, é que não interessa, de forma alguma, para Márcio Bittar, a candidatura de Alan Rick ao governo, muito menos com o ainda que improvável apoio do governador. Márcio tem demonstrado simpatia formal à vice-governadora Mailza, mas seu desejo mesmo é ver o prefeito Bocalom na disputa, o que asseguraria apoio decisivo a sua campanha de reeleição ao senado. Nos subterrâneos da política, tudo é possível.
Pé-de- meia
Acabou o sonho da direita de tentar o improvável impeachment do presidente Lula, com base nos gastos do programa Pé-de-Meia. O TCU voltou atrás na decisão que bloqueava de R$ 6 bilhões do programa do Ministério da Educação (MEC). Apenas estabeleceu que o governo elabore um projeto de lei que inclua o programa estudantil no Orçamento.
Lorota
A falta de previsão orçamentária levava a oposição a apregoar “pedalada” fiscal, que seria suficiente, na opinião da direita, para o impeachment. Pelo menos três deputados acreanos, Coronel Ulysses, Roberto Duarte e Eduardo Velloso embarcaram nessa lorota. Com a nova decisão do TCU, acabou a festa.
Petróleo
O presidente Lula defendeu, no Amapá, a liberação da exploração da chamada Margem Equatorial pela Petrobras. Alegou que países da região, como a Guiana, está faturando alto com o petróleo da bacia e que países como Estados Unidos, França, Holanda, estão explorando seus próprios recursos. A acreana Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, é completamente contra.
Conflito
Nesse conflito interno pela liberação, pode sobrar a demissão do presidente do IBAMA, o biólogo, ambientalista e advogado Rodrigo Agostinho, que vem retendo todos os estudos e disse que não vai liberar parecer favorável á exploração. A questão é que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, é senador pelo Amapá, que seria o estado mais beneficiado. Será difícil resistir.
Defesa
A declaração do prefeito de Rio Branco Tião Bocalom segue um roteiro comum na defesa de nomeações de cônjuges e parentes para cargos de confiança: argumenta que há precedentes, que não há ilegalidade e que a pessoa escolhida é competente. No entanto, esse tipo de justificativa normalmente não elimina a principal crítica, que é a questão ética e o favorecimento pessoal dentro da administração pública.
Problemático
O ponto mais problemático do discurso é a tentativa de relativizar a nomeação com base em casos anteriores, como se práticas questionáveis de outros governos justificassem a repetição do modelo. O argumento de que “todo mundo faz” não responde à questão essencial: se a nomeação é, de fato, a melhor escolha para a administração pública ou se prioriza relações pessoais em detrimento de critérios mais amplos de meritocracia e transparência.
Confiança
Além disso, a fala do prefeito tenta blindar a nomeação com o argumento da confiança, algo que, embora relevante para cargos estratégicos, não pode ser o único critério. O cargo de chefe de gabinete exige não só confiança, mas também uma percepção pública de imparcialidade e compromisso com o interesse coletivo.
Essência
No final, a defesa do prefeito não muda a essência da controvérsia: se a prática é recorrente em outros governos, talvez o problema não esteja apenas no caso específico, mas sim na cultura política que normaliza esse tipo de nomeação.
Falecimento
O Acre perdeu ontem uma de suas figuras folclóricas, que a nova geração pouco conheceu. Morreu, de acidente de trânsito, Francisco das Chagas Martins, o Roberto Carlos do Palheiral, aos 68 anos. Autointitulado imitador oficial do Rei, o que hoje seria um canhestro “cover”, sempre sonhou com uma carreira política, se candidatando por anos a cargos eletivos, sem sucesso, sempre pelo Progressistas. Era querido pela população e pelos políticos. Com ele, morre mais um pouco da ingenuidade e do folclore político acreano.
*Socorro Camelo é jornalista e escreve neste espaço as segundas, quartas e sexta-feira. Qualquer contato pode ser feito por e-mail para [email protected]
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