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Filho de fundador de facção é assassinado a tiros após ‘trocar de grupo’

A Polícia acredita que a motivação do crime esteja relacionada à guerra entre organizações criminosas

06/02/2025 às 10h28
Por: Denis Henrique Fonte: Acreaovivo.com | ContilNet
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Filho de fundador de facção é assassinado a tiros após ‘trocar de grupo’

Hilquias Santos de Souza, de 19 anos, filho de Geremias Lima de Souza, um dos fundadores de uma organização criminosa, foi executado a tiros na noite dessa quarta-feira (5), na área de uma residência situada em um beco na Rua Rui Barbosa, no bairro Papouco, em Rio Branco.

Segundo informações de testemunhas, Hilquias estava dentro da residência quando três criminosos não identificados o chamaram. Ao sair da casa, os autores do crime, armados, efetuaram vários tiros contra a vítima. Hilquias foi atingido por projéteis na perna esquerda, nos braços, mãos e costas. Após a ação, os criminosos fugiram do local correndo.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e a ambulância de suporte avançado foi enviada, no entanto, quando os paramédicos chegaram ao local, nada puderam fazer por Hilquias, que já se encontrava morto.

Policiais Militares do 1° Batalhão estiveram no local e isolaram a área para os trabalhos do Perito em Criminalística. Em seguida, colheram informações e realizaram patrulhamento na região em busca dos criminosos, mas eles não foram encontrados.

Após o término da perícia, o corpo de Hilquias foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavéricos.

A Polícia acredita que a motivação do crime esteja relacionada à guerra entre organizações criminosas, uma vez que Hilquias migrou recentemente de uma facção criminosa para outra.

O caso inicialmente segue sob investigação dos Agentes de Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e posteriormente ficará à disposição da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Outros fatos

O pai de Hilquias, um dos fundadores de uma facção criminosa, identificado como Geremias Lima de Souza, de 39 anos, morreu atropelado e com um tiro do próprio comparsa na manhã de uma segunda-feira (9) de dezembro de 2024, em frente à 2ª Delegacia Regional da Polícia Civil, na Rua Railson Nascimento, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo informações da polícia, o motorista de um carro modelo Gol, de cor branca e placa QLY-4D77, estava entrando na Cidade do Povo para deixar a esposa, que trabalha em uma das escolas da região. Ao sair da escola com destino à rodovia BR-364, ele percebeu que uma motocicleta vermelha, com dois ocupantes, estava o seguindo. O motorista decidiu ir até a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil para pedir ajuda.

Ao chegar na delegacia, o motorista encontrou novamente os dois homens, sendo que um deles era Geremias, que atiraram contra o carro. O veículo foi atingido por vários projéteis. Para tentar se proteger, o motorista deu ré no veículo, acertando a motocicleta. Na manobra, o carro passou por cima de Geremias, que não resistiu e morreu no local. Após o ocorrido, o motorista abandonou o carro e fugiu com o filho, que estava dentro do veículo, a pé e pediu ajuda na BR-364. Durante a perícia, ficou constatado que o faccionado morreu vítima de um disparo de arma de fogo, realizado pelo próprio comparsa dele, que estava na moto.

Outro fato relevante

Wesley Pinheiro Sombra, de 28 anos, e Denildo Ferreira Dutra, de 19 anos, foram presos, acusados de disparar contra a residência dos pais de um faccionado na tarde desta terça-feira (4). A prisão aconteceu em via pública na quadra 8 do Conjunto Habitacional Cidade do Povo, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo informações da polícia, Wesley e Denildo foram até a casa dos pais do criminoso Jeremias, que foi morto pelo próprio comparsa em frente à Delegacia da Cidade do Povo, com o objetivo de expulsar os familiares do faccionado. O motivo seria que o filho de Jeremias teria sido expulso da facção ao qual pertencia e ingressado em outra. Por essa razão, a organização criminosa que comanda a Cidade do Povo teria ordenado a expulsão do casal de idosos que reside na quadra 7.

A dupla foi até a residência e deu um prazo de 30 minutos para que o casal saísse da casa e deixasse o local. Após o tempo determinado, Wesley e Denildo teriam disparado cerca de 12 tiros contra o imóvel, atingindo o portão e as paredes. Após a ação criminosa, os suspeitos fugiram.

Vizinhos, ao ouvirem os disparos, acionaram a Polícia Militar do 2° Batalhão, que enviou várias viaturas ao local. Os agentes colheram informações sobre os atiradores, realizaram rondas ostensivas e isolaram a área para a perícia. Durante as buscas na quadra 8, os policiais abordaram dois homens em atitude suspeita. Na revista pessoal, um deles estava de posse de uma pistola e duas munições intactas. O outro carregava munições de calibre .22 também intactas e uma balança de precisão.

Ainda segundo informações da Polícia, os idosos foram retirados da residência e foi necessário utilizar duas viagens para remover os móveis da casa. Em uma das viagens, criminosos invadiram a casa e jogaram combustível por toda a residência. Devido à rapidez da Polícia Militar, o imóvel não foi incendiado.

Todo caso está sendo acompanhado e investigado pela Polícia Civil do Acre.

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