O vice-ministro da Defesa Civil da Bolívia, Juan Carlos Calvimontes, realizou um sobrevoo sobre o rio Acre, na divisa entre o Departamento de Pando, na Bolívia, e o Estado do Acre, no Brasil, nesta semana. Acompanhado de autoridades locais, como a prefeita de Cobija, Ana Lúcia, e o prefeito de Brasiléia, Carlinho do Pelado, o sobrevoo teve o objetivo de realizar uma análise técnica das condições da região de fronteira.
Após o sobrevoo, as autoridades bolivianas e brasileiras se reuniram no gabinete da prefeitura de Cobija, onde foi discutido ações conjuntas. Durante o encontro, foi apresentada pelo vice-ministro da Bolívia uma proposta de projeto para a construção de uma encosta, similar à que está sendo erguida na Orla de Brasiléia, no lado brasileiro da fronteira. A medida visa melhorar a infraestrutura e mitigar os riscos naturais na região que vem sofrendo com quatro alagações nos últimos 11 anos.
O projeto, que promete beneficiar ambas as comunidades fronteiriças, busca não só a segurança das áreas ribeirinhas, mas também fortalecer a cooperação entre os dois países, cidade de Cobija e Brasiléia, consequentemente Epitaciolândia na gestão de desastres e na melhoria da qualidade de vida das populações locais.
O vice-ministro da Defesa Civil da Bolívia, Juan Carlos Calvimontes, expressou grande impressão com a construção em andamento na cidade de Brasiléia, no Acre, especialmente no que diz respeito ao projeto de encostas que está sendo erguido na orla do município. O projeto, que visa melhorar a infraestrutura e proteger as áreas ribeirinhas contra o avanço das águas do rio Acre, servirá como referência para uma proposta similar em Cobija, capital do Departamento de Pando, na Bolívia.
Calvimontes revelou que o projeto na Bolívia começará ao lado do Quartel Naval de Pando e se estenderá por diversos bairros ribeirinhos de Cobija, com foco especial na comunidade do bairro Manpajo, o maior da região. O bairro, assim como outras áreas vulneráveis, tem sido seriamente impactado pelo período de chuvas, que, neste ano, tem registrado um clima chuvoso em toda a Bolívia.
O vice-ministro alertou sobre o risco crescente de o nível das águas subir durante o período de chuvas e afetar a população ribeirinha de Cobija. Ele reforçou que, embora as condições climáticas sejam semelhantes em ambas as margens do rio, a construção das encostas em Brasiléia tem sido uma ação positiva, que agora inspira os planos para proteger as comunidades em Pando.
A expectativa é que o novo projeto contribua para a segurança e o bem-estar das populações vulneráveis na região de fronteira, promovendo uma ação conjunta entre os governos brasileiro e boliviano.
O vice-ministro falou à reportagem. “Fizemos um sobrevoo sobre o rio Acre na companhia dos irmãos da República Federativa do Brasil, pudemos observar primeiro todos os locais onde o estudo técnico da nossa intervenção nos mostrou que são pontos críticos no Rio Acre, onde está sendo feita a dragagem, onde está prevista a construção de algumas comportas de ambos os lados do rio acre”, relatou Calvimontes.
Por sua vez, o prefeito municipal de Brasileia, Carlinhos do Pelado, afirmou que esta integração com os dois países é importante, pois será feito um trabalho conjunto que beneficiará não só a cidade de Cobija, mas também Brasileia.
No final do passado mês de dezembro, a Câmara Municipal de Cobija declarou-se em alerta laranja devido ao aumento atípico do caudal do rio Acre que atravessa aquela cidade na fronteira com o Brasil e que recentemente enfrentou as consequências mais graves dos incêndios florestais. . Enquanto isso, o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Senamhi) ativou o alerta Laranja devido a possíveis transbordamentos dos rios Acre, Madre de Dios, Tahuamanu e Manuripi.
Logo após o sobrevoou, as autoridades de ambos os países realizaram uma reunião no município de cobijeño, onde o prefeito Carlinhos do Pelado foi convidado para participar e conhecer de perto o anteprojeto da presidência da república boliviana, a prefeita de Cobija, Ana Lúcia, recebeu toda comitiva em seu gabinete.
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