Por Aline Pereira
Resumo introdução: Victor e eu nos conhecemos quando eu tinha 15 anos, durante minha festa de debutante. Foi um encontro mágico, onde uma conexão instantânea nasceu, mesmo com poucas palavras trocadas. Nossa amizade começou no MSN, compartilhando músicas e confidências, até que um presente especial marcou o início do nosso namoro. Enfrentamos as regras e limites impostos pelos meus pais, mas o amor genuíno e cheio de gestos carinhosos floresceu entre nós. Assim, começou uma história de amor jovem, intensa e inesquecível.
O encontro mágico
Eu estava prestes a completar 15 anos quando minha amiga da escola convidou alguns amigos do ambiente do rock para o meu aniversário. Naquele dia, sem ainda conhecer o Victor pessoalmente, nossa história começou de forma quase mágica, como um conto de fadas: uma jovem sendo apresentada à sociedade, no auge dos seus 15 anos, uma princesa em sua festa. Quando nossos olhos se encontraram pela primeira vez, senti uma alegria — e, de alguma forma, sabia que ele também sentia o mesmo. Éramos apenas dois jovens, eu com 15 e ele com 17, mas a conexão que surgiu foi instantânea. Naquela noite, mesmo sem trocarmos muitas palavras, algo forte e inexplicável nasceu, algo que nos uniria para sempre.
A amizade que se transformou
Depois daquele encontro, nossa amizade começou pelo MSN, onde compartilhávamos músicas, falávamos sobre a vida e trocávamos aquelas confidências cheias de curiosidade e emoção típicas da adolescência. Era uma amizade que crescia devagar, mas carregava uma ligação especial. Em novembro de 2004, quando Victor completou 18 anos, prometi presenteá-lo com um CD do Led Zeppelin, uma banda que ele gostava muito. Na semana seguinte, fui até ele para entregar o presente. Naquele momento, nossa amizade já estava mais sólida, mais profunda, e, de forma espontânea, aconteceu nosso primeiro beijo. Foi espontâneo, puro e cheio de significados.
O início do namoro e as primeiras barreiras
Naquela época, eu não tinha permissão para namorar. Victor frequentava minha casa como amigo, mas próximo ao Natal, meu pai nos viu nos abraçando e pediu que minha mãe tomasse uma atitude. Durante alguns dias, achávamos que meu pai proibiria nosso relacionamento. Após muita conversa, meu pai estabeleceu uma condição: Victor deveria falar com ele, explicar suas intenções e pedir oficialmente minha mão em namoro.
Pouco tempo depois, Victor aceitou o desafio. Ele conversou com meus pais, foi honesto e respeitoso, e minha mãe fez questão de conhecer melhor a família dele, conversando com sua mãe para entender mais sobre sua história. Com isso, nosso namoro foi autorizado, mas com regras bem definidas: nossos encontros precisavam acontecer na sala de casa, sempre com a supervisão da minha mãe ou do meu irmão.
Mesmo com essas limitações, nosso namoro começou de forma leve e doce. Vivíamos um amor inocente e apaixonado, descobrindo a beleza dos primeiros sentimentos. Estávamos no ensino médio, mas Victor já trabalhava no contraturno, e sempre fazia questão de me surpreender com presentes e pequenos gestos de carinho. Ele se mostrava muito apaixonado e disposto a me conquistar, valorizando cada momento ao meu lado. Também trocávamos cartas frequentemente, expressando em palavras os sentimentos do coração.
Duas almas que se encontraram
Victor era um roqueiro divertido, que adorava desenhar, ouvir música e pescar. Eu, por outro lado, era uma garota estudiosa, tímida, mas com uma alma atrevida e curiosa. Éramos um pouco diferentes, mas juntos encontrávamos uma harmonia única.
Assim começou nossa história: simples, mas carregada da força e da magia de um amor que, desde o início, já prometia ser eterno.
Aline Pereira é escritora em construção, mãe, e uma apaixonada por transformar o amor e o luto em poesia. Atualmente, compartilha as memórias de seu relacionamento de 20 anos e seu processo de reencontro consigo mesma.
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