O terremoto que atingiu a cidade de Tarauacá, no interior do Acre, no dia 20 de janeiro deste ano, com epicentro a 607 km de profundidade, marcou a história do Brasil. Segundo um estudo realizado pelos pesquisadores Alexandre Pimenta, Esfhan Kherani e Oluwasegun Adebayo, da Divisão de Ciências Planetárias e Aeronomia, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o terremoto foi o primeiro a gerar as “luzes de terreno” e ondas sonoras.
O estudo, que foi publicado no site European Geosciences Union (União Europeia de Geociências), diz que o fenômeno é chamado de “distúrbios cossísmicos ionosféricos”, conhecidos como “CIDs” e nunca havia sido documentado no Brasil. Segundo o artigo, um outro terremoto sentido no dia 2 de outubro também em Tarauacá pode ter repetido os fenômenos.
O estudo utilizou dados de satélites e da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo de Sistemas GNSS (RBMC) e detectou que o terremoto na cidade acreana causou duas perturbações ionosféricas cossísmicas.
Relembre
Um forte tremor de terra foi registrado no início da noite deste sábado (20) no município de Tarauacá. A abalo, que registrou 6.6 na escala Richter, aconteceu por volta das 18 horas, mas, de acordo com o site AC24Hras, não ocorreu nenhum problema de desmoronamento na cidade.
O terremoto foi registrado pelo monitor de terremotos Apollo 11, através de informações do Instituto de Pesquisas geológicas dos EUA (USGS).
De acordo com o site, em junho de 2021 Tarauacá registrou o segundo maior terremoto da história brasileira, quando o Instituto de Pesquisas geológicas dos EUA – USGS registrou o tremor de 6,5 na escala Richter. Desde 1979, foram registrados 157 tremores em um raio de 700 km ao redor do epicentro onde ocorreu o deslocamento de placas registrado hoje.
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