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A metamorfose do saber

O que começou como uma busca pelo conhecimento se transformou em um profundo mergulho nas histórias, memórias e afetos que unem as mulheres (Ajebianas) da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (Ajeb)

25/07/2024 às 14h10
Por: Redação Fonte: Acreaovivo.com | Assessoria
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Por Renata Dal-Bó

Após sete anos imersos no mundo acadêmico, sendo dois dedicados ao mestrado e quatro ao doutorado (com um ano de intervalo no meio), finalmente chego ao término desta jornada no Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem da Unisul. O que começou como uma busca pelo conhecimento se transformou em um profundo mergulho nas histórias, memórias e afetos que unem as mulheres (Ajebianas) da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (Ajeb).

Minha fascinação pela Ajeb e pelo que ela representa me instigou a conhecer melhor essas mulheres e suas escritas, a pesquisar sobre suas histórias e memórias. O resultado dessa pesquisa culminou na minha tese de doutorado “Literatura e Memória: A Ajeb e as Ajebianas na história da escrita de autoria feminina”, que será defendida nesta quinta-feira, dia 25 de julho de 2024.

Durante estes anos de estudo e pesquisa, muitas vezes me vi diante de desafios que pareciam insuperáveis. Senti-me como uma pequena lagarta, rastejando pelo caminho do conhecimento, alimentando-me de cada pedaço de informação, de cada conceito novo e de cada leitura. Cada etapa de aprendizado era uma folha devorada, cada aula, cada ensinamento dos professores e colegas, uma célula a mais em meu crescimento intelectual.

O doutorado é, sem dúvida, uma dessas jornadas transformadoras. Durante anos, nos embrenhamos nas complexidades de nossas áreas de estudo, debatemos ideias, enfrentamos noites insones e questionamentos profundos. A princípio, tudo parece um emaranhado de conceitos e teorias, onde o fio da lógica se perde em meio à vastidão do desconhecido.

Porém, ao longo desse percurso, algo incrível acontece. Como lagartas, nos envolvemos em um casulo feito de esforço, dedicação e persistência. Dentro desse casulo, a transformação é silenciosa, mas poderosa.

E então, chega o momento culminante. O casulo se rompe e, de repente, emerge uma borboleta. A defesa da tese, a apresentação dos resultados de anos de pesquisa, não é apenas o fim de um ciclo, mas o início de um novo. Agora, somos borboletas, com asas coloridas pelo conhecimento adquirido e pela experiência vivida. Estamos prontos para voar, para explorar novos horizontes e contribuir com a sociedade de formas que antes eram inimagináveis.

A metamorfose do doutorado me ensinou que o aprendizado é contínuo, que a curiosidade e a busca pelo saber são as forças motrizes de nossa evolução. Cada dificuldade superada, cada descoberta feita, são como cores que se acrescentam às nossas asas, tornando-nos únicos e preparados para enfrentar os ventos da vida acadêmica e profissional.

Assim, celebro a finalização desse ciclo de estudos agradecendo a todos que fizeram parte desta metamorfose. E, como borboleta, alço voo, pronta para novas jornadas, sabendo que o aprendizado nunca termina, mas sim, se transforma.

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