Por Socorro Camelo
A tecnologia pode até salvar o mundo, mas alguém precisa ligar a tomada.
Em uma era dominada por algoritmos astutos e softwares tão avançados que quase fazem o café da manhã, uma lista de ferramentas Indispensáveis para fazer arte, currículos, textos, e o famoso "bla bla bla" tecnológico brilha mais que a ideia de final de semana chegando!
Mas uma coisa é preciso lembrar, e sim! estou defendendo o meu peixe, digo minha escrita. Em meio a essa maravilha digital, onde está a menção aos jornalistas? Aqueles seres quase esquecidos que transformam o caos informativo em notícias legíveis e, ousadia das ousadias, até interessantes!
O Todo-Poderoso ChatGPT pode escrever, em poucos minutos, desde uma ode à sua comida preferida até um ensaio sobre a crise econômica global. Mas, sem o toque humano, pode acabar dando uma receita de lasanha quando você pediu um texto sobre crise mundial.
E as ferramentas de designer gráfico certamente fariam Da Vinci chorar de Inveja, porque basta um clique e as ideias se transformam em obras de arte dignas de museu. Mas sem um profissional por perto, pode ser que o artigo sobre mudanças climáticas venha acompanhado de uma ilustração de sorvete derretendo.
Artístico, mas talvez não o ponto.
E poderia aqui falar um monte, mas só digo que o toque humano, ah esse é insubstituível. E aí está a peça que faltava na lista de maravilhas tecnológicas: os jornalistas.
Estou falando daqueles profissionais que não se contentam em apenas ficar à superfície. Os que mergulham de cabeça nos livros, devoram artigos, vivem em um namoro constante com cursos online (porque, sim, a gente também quer entender o significado de "blockchain" sem precisar de um dicionário a cada duas palavras).
Esses são os bravos que se embrenham na selva de expressões em inglês, porque hoje em dia, falar "data-driven storytelling" é mais chique que usar gravata em reunião por Zoom.
Na minha opinião, sem esses seres curiosos e insaciavelmente ávidos por informação de qualidade, quem iria navegar pela tempestade de dados, discernir os fatos das ficções com olhar aguçado e, acima de tudo, contar as histórias que moldam nosso entendimento do mundo?
Quem iria armar-se com a verdade em tempos de "fake news", garantindo que o público receba não apenas informações, mas conhecimento?
Então, em adição à lista das “ferramentas indispensáveis”, aqui vai:
Jornalistas - O Software mais avançado: Armados com um arsenal de fatos, uma armadura de integridade e o escudo da curiosidade, eles são mais do que essenciais.
São o coração pulsante da nossa busca coletiva por compreensão e verdade. E agora, munidos com as ferramentas tecnológicas mais avançadas e o indispensável toque humano que os jornalistas trazem, estamos verdadeiramente prontos para decifrar o mundo. Porque, no fim, por trás de toda grande descoberta ou história impactante, existe um jornalista dedicando-se a fazer o sentido de tudo isso. Quem iria lembrar que, por trás de cada byte, existe um coração batendo (ou um jornalista estressado com deadlines)?
Somos capazes de transformar café em notícias, com um módulo integrado de ceticismo saudável e um firewall contra fake news. E não precisamos de atualização constante, mas apreciamos reconhecimento e uma boa xícara de café (sem açúcar por favor, só adoçante e com afeto).
Ferramentas são indispensáveis, sim, mas sem o toque humano e um bom profissional, é só um monte de "bla bla bla" sem alma.
E claro, somos movidos a muita cara de pau e vontade de fazer acontecer. A gente lida com as frustrações do dia a dia mas oh aqui o momento discurso do Oscar, porque quando os humilhados são exaltados, a gente faz questão de celebrar:
E ontem foi o nosso dia e eu não poderia deixar de registrar!
Parabéns a todos nós jornalistas.
Seguimos exaustos, juntos !
Socorro Camelo é jornalista ( DRT 065)
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