Mulheres antenadas e ávidas por cultura, libertação e conquistas marcaram presença na reunião mensal da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB), realizada ontem, dia 29. O evento contou com uma palestra impactante, ministrada pela renomada psicóloga Talita Montysuma, cuja fala suave e envolvente mexeu com as mulheres presentes.
A programação diversificada incluiu informes da Associação e uma sessão de técnica de respiração, conduzida pela ajebiana Katerine Teles, proporcionando momentos de relaxamento e conexão entre as participantes.
Um dos destaques da noite foi o relato inspirador de Ana Regina, uma advogada corajosa que decidiu deixar para trás a vida agitada na metrópole de São Paulo e buscar uma nova perspectiva em uma casa de praia em Aracaju. Com uma mente criativa e uma inquietação incontrolável, Ana Regina não se contentou apenas com o ócio contemplativo. Ela encontrou sua paixão ao vender coco nas praias sergipanas, enfrentando a resistência de uma sociedade machista que não aceitava uma mulher nesse tipo de atividade. Determinada a seguir seu caminho, ela superou perseguições e ameaças, e decidiu transformar uma praça abandonada em frente à sua casa em um exuberante jardim. Hoje, Ana Regina cultiva cactos e suculentas, que são cuidadosamente plantados em vasos decorados por ela mesma e vendidos nas feiras de artesanato, dando oportunidade para outras mulheres.
Encerrando o encontro com chave de ouro, a psicóloga Talita Montysuma, trouxe uma nova perspectiva sobre a ansiedade. Segundo a psicóloga, esse sentimento pode ser encarado de forma positiva, pois indica a necessidade de mudança em nossas vidas. Montysuma enfatizou a importância de estar atento aos sinais e ouvir o próprio corpo, que muitas vezes clama por novos rumos. Sua fala despertou nas participantes a necessidade de expressar suas próprias ansiedades e analisar as causas desse sentimento.
A escrita, tema central e motivação da AJEB, emergiu como uma forma de catarse e transformação de tristeza em arte e literatura. Durante o encontro, temas como o tempo, a idade e a vida surgiram como os principais gatilhos da ansiedade vivenciada pelas mulheres ativas, que desempenham múltiplos papéis como mães, esposas, filhas e profissionais. Muitas vezes, essas mulheres encontram dificuldades em reservar tempo para si mesmas e para a realização de seus desejos mais profundos e prazerosos.”
“Através das palavras, tecemos redes e construímos pontes. Na AJEB , entendemos a importância de dar voz às mulheres escritoras e jornalistas” diz a presidente da AJEB Coordenação Acre, jornalista Socorro Camelo.
“A contribuição das nossas ajebianas tem sido valiosa . Essa roda de conversa com a dra. Talita, foi muito esclarecedora e providencial. A ideia é que tenhamos cada vez mais, rodas de conversas esclarecedoras como essa. ” finalizou.
Sobre a AJEB
A Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, denominada simplesmente por sua sigla AJEB, foi fundada em 8 de abril do ano de 1970, é uma associação civil sem fins lucrativos, dotada de personalidade jurídica própria de direito privado, apolítica, constituída por tempo indeterminado com autonomia financeira e administrativa. A AJEB está em 20 estados e atualmente tem como presidente nacional, a escritora Irislene Morato.
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