Propositadamente, deixei para escrever no momento em que vôo, com destino a Goiânia. Tenho uma hora, sem interrupções, suficiente para refletir sobre o inicio da temporada de motovelocidade. Aos 60 anos, parto para mais um ano de campeonato brasileiro, motivado e ansioso como um adolescente. Lá vou eu de novo registrar as corridas in loco. Correria total!
Cansa, mas eu adoro.
No MotoGP, o mundial iniciou pegando fogo, infelizmente com varias baixas, e a polêmica punição leve ao "Bate Marquez". Fico com as antigas declarações de Valentino Rossi de que o menino não respeita os outros pilotos. Marc Marquez sempre foi um risco para todos. Para os mais críticos, "Bate Marquez" vai acabar causando um acidente fatal, e aí, não vai adiantar pedir perdão. No meu entendimento, ele taí, porque pilota muito e hoje é o homem show, até mesmo quando faz merda, porém, seus pedidos de desculpas já não são mais aceitos.
Diogo Moreira vai se afirmando na categoria, podendo ser campeão este ano, é um dos favoritos e esta botando o Brasil para assistir as eletrizantes provas na Moto3. Na pista, vem mostrando uma pilotagem precisa, fria e calculista, o que é ótimo em se tratando de um piloto latino. O ideal seria vê-lo campeão, estreando na Moto2, em 2024.
Quanto às provas alucinantes de sábado, sou totalmente a favor, mas ficaria ainda melhor se a prova de sábado tivesse algumas voltas a mais e valesse como corrida. Hoje fica registrado para a história só a corrida de domingo. Muita gente considera que uma prova rápida é arriscado demais, não acho, tem risco maior que correr na chuva?
A organização deveria se debruçar para resolver outro assunto: a segurança das áreas de escape. As motos estão evoluindo muito rapidamente e ficando excessivamente velozes no contorno da curva, ou passo de curva, como queira. Por isso se torna necessário rever, refazer ou simplesmente aumentar a área de brita, ou ainda, utilizar mais os colchões de ar. Fica o alerta também para as nossas pistas. Por aqui, as áreas de escape, quando não são feitas só para os carros, são muito econômicas.
Vai começar o brasileiro de motovelocidade, como falei no início desta crônica. O certame voltou a se chamar Moto1000GP, o maior brasileiro de todos os tempos. Junto com o nome, estão retornando a categoria alguns dos profissionais mais qualificados e experientes que o motociclismo já viu. Semana que vem conto como foi rever os amigos para mais uma temporada de muita ação.
Ps.: Minha total solidariedade as vitimas das enchentes no Acre.
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