Por Marcelo Moreira
Ufa! Começou a temporada para os motovelocistas, quando escrevo, rolou duas etapas do Mundial de Superbike, WSBK. Sinto realmente a ausência das corridas, gosto do esporte, do cheiro e barulho da moto passando em alta velocidade, dos amigos que fiz ao longo desses anos todos de cobertura jornalística, então "bora de moto". Diferente da Fomula 1, com uma etapa a gente já sabe quem vai ser campeão, tamanha superioridade das Red's, no motovelocidade, mesmo que uma motocicleta de série mostre ser melhor, tem disputa. Veja o inicio do ano no WSBK, a Ducati de Alvaro Bautista, já deu pra ver, é superior na chuva e no seco, ainda mais com a confiança do piloto em 1000%. Mas por lá tem também uma Yamaha, tão ou até mais veloz, nas mãos do fabuloso Toprac Razgatlioglu. Ainda falta ritmo de corrida para R1, mas o Turco Toprac, acelera uma barbaridade e vai dar trabalho. Para animar a festa, ainda tem o "veterano" Jonathan Rea, e sua kawasaki. Tirando pelas quatro corridas e duas superpole race, o campeonato esse ano vai ser eletrizante.
Tenho refletido muito sobre o Eric Granado, que, por enquanto, disputou uma etapa do WSBK. Moto nova, equipe semi-oficial, bons patrocinadores, muito bacana o desafio de desenvolver a moto para o piloto e equipe. Quando os resultados vierem a fabrica terá uma grande história pra contar, e um ótimo garoto propaganda. Só que minha lógica é a de torcedor, e nessa condição, fiquei muito triste de ver o veloz Eric, andando lá atrás. Eu sei, não é demérito algum - sempre digo que o último piloto do grid, tem o meu respeito, pela coragem de vestir macacão e capacete, montar na moto e acelerar numa pista de corrida -, mas para o torcedor fica aquele gosto amargo. Queria ver nosso único representante brasileiro lá na frente, sendo protagonista. O torcedor não quer esperar, quer vibrar com a ultrapassagem, se levantar diante da tv e comemorar a vitória do seu piloto favorito. Portanto, para o torcedor fica a sensação de que Eric está andando para trás na carreira, espero que não, torço para que consiga vencer com essa moto.
Daqui duas semanas, começam as provas do Rio Minas de motovelocidade, no Potenza, autódromo de Lima Duarte, a 30 km de Juiz de Fora. Para o carioca, que ficou a pé, sem autódromo, uma pista a pouco mais de 200 km, já é um sonho. A ansiedade bate forte, faltando tão pouco.
Essa competição e o br.mv, campeonato brasileiro de motovelocidade 2023, que inicia em abril, o leitor vai poder acompanhar as noticias por aqui, e no br.mv, também ao vivo no YouTube. Bora de moto!
Mín. 21° Máx. 37°