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Cultura Por Edir Marques

O livro da minha vida

Foi como se estivesse me afogando em lágrimas, numa derradeira despedida!

18/01/2023 às 13h08 Atualizada em 21/01/2023 às 15h24
Por: Redação Fonte: Acreaovivo.com
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Da esquerda para direita: Edir, Ricardo, Cassiano, Lourival (pai), Lourival (filho) e Eduardo. Arquivo de família.
Da esquerda para direita: Edir, Ricardo, Cassiano, Lourival (pai), Lourival (filho) e Eduardo. Arquivo de família.

Por Edir Figueira Marques

Hoje peguei o livro de minha vida e fui folheando da esquerda para a direita, do fim para o principio, mergulhando no tempo perdido em minhas lembranças… e chorei!

Chorei de emoção, de saudade, de muitos momentos doces, ternos, alegres, tristes, dramáticos! Uma vida rica, repleta de experiências, completa de amores!

Ah! As fotos! Revê-las é como estar ali, congelada no momento.

E parei. Parei a cada foto que me suscitava a mesma alegria, porém, melancólica, a mesma ternura, porém mais forte! As fotos que me despertavam tanta emoção guardada, como num cofre forte que fora arrombado e arrancada do meu coração que palpitava!

Impossível descrever uma a uma, cada página da vida revirada, como se pudesse colher, gota a gota, a torrente de águas que jorra de uma cachoeira! Foi como se estivesse me afogando em lágrimas, numa derradeira despedida! E fiquei sentindo a impotência diante do tempo que se foi, como a água que não se pode reter numa peneira, como o vento que não se pode segurar entre os dedos!

E veio a dor! Uma dor tão doída que quase desmaio! Como deixei escapar esse tempo? Como não o vivi intensamente, sofregamente? Dor do que não fiz e dor do que fiz!

Dor por ter represado a evasão dos sentimentos, não me permitindo manifestá-los!

Era comedida, discreta, apenas a ponta do iceberg sugeria tamanho bloco de emoções contidasy e guardadas dentro do peito!

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Teófilo Adolfo de Souza Barbosa LeiteHá 1 ano Rio Branco AcreEm momentos como esse, geralmente solitários, lágrimas molham um arremedo de sorriso, motivado por doces lembranças que o tempo nunca conseguirá apagar. Eu tive a felicidade de compartilhar muitos deles e as lembranças que guardo do "Sítio do papai" são maravilhosas. Amizade verdadeira, sorriso farto, abraços e comunhão eram coisas naturais em nossas vidas.
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